quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Música de Emmanuel Nunes ajuda na prevenção de incêndios

Mais uma vez, os incêndios em Portugal estão a atingir proporções algo preocupantes, sabendo a Protecção Civil que mais de 90% deles são iniciados por mão criminosa. Assim, a Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários criou um método inovador para a prevenção desta tragédia. O objectivo é instalar altifalantes e colunas de som em pontos chave da floresta (pontos esses onde os incendiários poderiam mais facilmente praticar os seus crimes) e passar ininterruptamente a banda sonora de Das Märchen, a ópera de Emmanuel Nunes. A ideia dos bombeiros é de que, deste modo, os pirómanos não consigam chegar à floresta, sendo afastados pelo sofrimento que lhes causa a música.


O Bocas de Fígaro falou com o bombeiro António Fitas, que teve a luminosa revelação que permitiu a criação deste método: «Bom, a ideia surgiu-me quando fui picado por uma melga, à noite, no meu quarto. Pensei naqueles aparelhos que emitem infra-vermelhos para afastar os insectos, e daí a chegar à música para afastar humanos, foi um tirinho!». Quanto à escolha da banda sonora, António admite ter pedido ajuda ao seu comandante: «O Comandante Meireles é que gosta destas músicas clássicas e tal... Ele falou-me nesta Das Marchas, ou lá o que é, porque parece que já tinha sido assim transmitida para muitos sítios, o que nos facilita o trabalho! Eh pa, e a música é mesmo insuportável! Se eu fosse incendiário, ficava mas era quietinho...».

As organizações de defesa ambiental, no entanto, pediram já à Protecção Civil um certificado científico que prove que os animais também não sofrem com a música de Emmanuel Nunes. «Pode destruir totalmente os ecossitemas!», afirma-nos a Presidente da Quercus, Susana Fonseca: «Eu também fui ver Das Märchen e, por acaso, levei o meu cão, que ficou à porta, mas num sítio onde ainda dava para ouvir o espectáculo. Saí uma hora e meia depois do início e, por sorte, ainda não o encontrei morto! Estava no chão a contorcer-se, coitadito... Quase de certeza que foi da música...».

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