domingo, 15 de agosto de 2010

Concertos portugueses vão ser "à média luz" já a partir de Setembro

Esta foi uma das medidas apresentadas hoje pela DGArtes, dirigida às principais salas de concerto de todo o país. O objectivo geral do pacote é reduzir o ruído existente nas apresentações musicais, nomeadamente devido às abundantes constipações existentes nos próximos meses do ano. O objectivo particular da não escuridão total dos concertos é a obtenção mais rápida de rebuçados para a tosse no fundo da mala por parte da audiência feminina. «Deste modo, haverá ataques de bronquite aguda menos demorados, e os intérpretes agradecem!», é pelo menos esta a opinião dos formuladores destas novas regras. No entanto, António Jorge Pacheco, director artístico da Casa da Música, veio dizer, em entrevista exclusiva ao Bocas de Fígaro, que acha que pode vir a acontecer o efeito contrário: «Como as pessoas tem maior facilidade em chegar a rebuçados, vai ser um fartote de barulhinhos dos papelinhos... Isto para não começar a falar de bolachas para crianças, sandes de fiambre nos concertos à tarde, garrafas de água nos concertos mais demorados, garrafas de Licor Beirão nos concertos do Remix Ensemble...».

As adicionais medidas incluem a formação médica obrigatória dos ajudantes de sala (para que possam realizar um check-up de triagem ao público), a oferta de um copo de leite ou chá morninho logo à entrada dos edifícios e também a construção de um altar a São Pedro, para que as temperaturas baixas e o vento não sejam causadores de muita tosse nos melómanos. Um relatório sobre a eficácia destas medidas vai ser apresentado em Janeiro de 2011 por Sequeira Costa, que afirmou recentemente em entrevista que «gosta de tocar em Portugal, mas não no Inverno, porque há muito barulho».

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